segunda-feira, 24 de março de 2014

Crítica: Um Time Show de Bola

O cineasta Juan José Campanella é um exímio contador de histórias. E Um Time Show de Bola (2013) é a sua experiência pelo mundo da animação. O filme é sobre Amadeo, um jogador de totó invencível que derrotou Ezequiel, o garoto falastrão e egocêntrico que, anos depois, torna-se um futebolista profissional em busca de revanche.

Quando Ezequiel retorna, traz todo um maquinário impressionante, afirma que se tornou dono da cidade e que vai tornar tudo aquilo um parque temático. A população se revolta e Amadeo o desafia para uma nova partida, o problema é que agora o jogo será de verdade. Um time profissional contra um bando de amadores, quem vencer, fica com o lugarejo.

O que poderia ser apenas mais um filme sobre esportes maniqueísta, com o time do bem e o time do mal, ganha relevância ao apostar no espírito esportivo. No jogar limpo e com garra. Essa, sim, é a principal mensagem dessa trama. Claro que há muita diversão, lances emocionantes e toda aquela vibração da torcida.E os mocinhos e bandidos são, sim, bem definidos. Entretanto, inteligentemente, o diretor prefere exaltar a verdadeira essência de tudo isso.

Um Time Show de Bola também destaca o aspecto lúdico das boas histórias ao implantar um detalhe inusitado: os jogadores de brinquedo ganham vida, numa óbvia referência a Toy Story. Eles passam a conviver com Amadeo, cada qual com sua personalidade. A narrativa é contada de pai para filho e também destaca a importância da interação social e das velhas brincadeiras, meio que esquecidas nesse mundo onde tudo é demasiadamente eletrônico.

Além do mais, ainda temos referências aos clássicos do cinema, como 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, e Apocalipse Now, de Francis Ford Coppola. No final das contas, Um Time Show de Boa é um passatempo extremamente prazeroso.

Avaliação: 

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