quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Crítica: Departamento Q

Quem aprecia tramas policiais vai encontrar um exemplar envolvente do gênero no filme Departamento Q (The Keeper of Lost Causes, 2013). O longa é a adaptação de uma trilogia de livros que mostra dois policiais (Carl Morck e Assad) solucionando casos já arquivados.

Carl tem fama de mal-humorado e impetuoso. No primeiro contato que temos com o personagem, descobrimos que, por uma decisão precipitada, uma missão da qual ele participava deu errado. Após um período de afastamento, o policial volta ao trabalho, mas é transferido do setor de homicídios para o de arquivo.

Se sentindo desnecessário, ele passa a se interessar pelo estranho desaparecimento de uma mulher. Envolvendo o colega na jornada, Carl tem poucas pistas. Uma delas é o irmão internado numa clínica psiquiátrica que não fala com ninguém. É o ponto de partida para que o detetive desenrole um nó que lida com traumas do passado e uma intrincada trama de vingança. Essa investigação é feita a contra-gosto do chefe do departamento em que ele trabalha. O que não o impede de ir adiante.

A personalidade obsessiva de Carl é um dos pontos que nos faz ter interesse por Departamento Q. Sabemos pouco a seu respeito, o que leva a crer que nos demais livros o autor vai se aprofundar mais em sua história. E, apesar do roteiro não trazer grandes novidades, o destino da mulher desaparecida também prende a atenção, até pela sua capacidade de resistir ao trauma físico e psicológico a que é submetida.

O desfecho deixa um gancho para possíveis sequências. Departamento Q ainda guarda semelhanças com a série "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres", de Stieg Larsson. Outro bom motivo para dar uma olhada no filme.

Avaliação: ★1/2

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